ANA BACH
psicologia artes mandalas meditação
quinta-feira, maio 07, 2015
sábado, março 22, 2014
Quando mulheres se reúnem em intenção criativa, o
espírito toca também o coração. O bordado surge como pretexto para um encontro
com poesia e meditação, respiração consciente e contemplação.
Bordar e Amar é filho de outro
trabalho em grupo: Tecendo as Tramas,
Tocando as linhas; idealizado pela colega Nuria Torrents. Inspirado nas
bordadeiras portuguesas, que dedicavam um lenço por elas bordado, ao seu amado.
E o ser amado o usava como sinal de compromisso.
Esses encontros querem preencher a vida com cores e
texturas, que vão aos poucos, gerando um tecido repleto de imagens pessoais
significativas.
O fio liga todos os
estados de existência entre si e ao seu princípio. O fio do destino entrelaça, torce e mistura a
vida.
As Moiras, eram três deusas que decidiam o destino dos antigos
gregos. Elas fabricavam, teciam e cortavam aquilo que seria o fio
da vida de todos os indivíduos. Cloto atuava como deusa dos
nascimentos e partos.Láquesis puxava e enrolava o fio
tecido, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida. Átropos cortava o fio
determinando o fim da vida.
Enfiar o fio na agulha é o símbolo da
passagem pela porta solar, da saída do Cosmo. O fio representa o vínculo entre
os diferentes níveis cósmicos: infernal, celestial e terrestre. E também os
aspectos psicológicos: consciente e inconsciente
O fio de lã que a princesa
Ariadne entrega ao seu amado Teseu, o conduz com segurança pelo labirinto, para enfrentar e vencer o Minotauro. Ele pode então retornar sem perder-se
pelo caminho tortuoso.
Conectar-se no ato de
bordar é unir o sentir, o pensar e o agir. Ao tecer os fios, traremos
conversas sobre o Amor, sobre as nossas maneiras de amar. Às vezes, amamos como
crianças vorazes ou como adolescentes apaixonados.E também como adultos capazes
de amizade; e mais raramente mas amamos
também, como Deuses,capazes de gratuidade. Observando essas dimensões amorosas
unidas, vamos construindo, aos poucos, um arco-íris de cores e amores.
Que tal percorrer esse
caminho e conhecerem-se através das histórias comungadas, dos silêncios
sagrados e estar junto com mais profundidade?
Trazer o amor em nós,
receber o amor do outro e permitir que o amor nos transforme naquilo que
amamos.
DICIONÁRIO DE SÍMBOLOS, Chevalier J. e
Gheerbrant, José Olympio,1999.
HISTÓRIAS QUE CURAM, Remen R. N., Ágora, 1998.
UMA ARTE DE AMAR PARA
OS NOSSOS TEMPOS,Leloup J.Y., Vozes,
2002.
Bordar e Amar
É uma oficina criativa
e terapêutica
Bordar é tecer os fios
do próprio destino.
Faz sair da sua própria substância
algo novo.
Entrelaça, amarra, liga e corta.
Venha bordar dois
lenços:
um seu, outro coletivo.
A proposta é inspirar
Amor.
Encontros às quintas feiras das 14:00 às
16:00 horas
Pintar e Bordar Al. dos Jurupis, 1276-MOEMA
Mais informações Ana
97979-3132 ou 5561-2261
Luciana
Facilitadoras:Ana Bach CRP 81.221/6 Nuria Torrents CRP 80.939/6
Psicoterapeutas
quinta-feira, março 07, 2013
Grupo de Pós Parto
É um momento
para celebrar e dar boas vindas à nova vida que chegou recentemente.
Conversar em
grupo a historia familiar pode ajudar nas inúmeras decisões e escolhas
necessárias decorrentes da presença surpreendente
que é um bebê
em nossas vidas.
Compartilhar
o que está em nossos corações.
Assumir um
compromisso de orientar, amar e libertar; reconhecendo que cada bebê é único.
Olhar
intimamente para o bebê, e permitir-se ser vista em suas fraquezas.
E reconhecer
que há tanto a ensinar e mostrar um ao outro.
O rupo de
pós-parto também é um espaço para reviver a transformação gigantesca que é um
nascimento.
O mundo ao
redor chama para que a mãe volte ao “normal”.
Impossível
retornar daqui, pois a experiência transformadora do nascimento pede novos
caminhos.
Vamos dar as
mãos, dar as boas vindas, amparar mulheres que a partir de agora guiam e cuidam.
É tempo de
repousar, tempo de atenção exclusiva ao recém- nascido, tempo de buscar novas
referências, respeitando cada modo de expressão.
Seu bebê
depende do seu equilíbrio emocional nesse momento.
Venha trilhar
um caminho solidário, de cooperação afetiva e espiritual.
Os encontros
acontecem Sextas 14:00 às 15:30 horas
O Consultório
fica na Rua Agostinho Cantu, 167 - Próximo ao metrô Butantã
Confirme sua
presença pelo email anabach@gmail.com Ou
pelo: telefone ( 11 )9 7979-3132
Ana Bach – sou psicóloga clínica, com formação em teatro e
locuções, dedicada na arte das mandalas e em práticas meditativas. Uma grande
transformação aconteceu aos 42 anos com o nascimento de minha filha. Fonte de
inspiração renovadora me guia desde então em escolhas ativistas e regeneradoras
que valorizem o feminino e a maternidade.
CRP 81.221/06 e DRT 529-SC
Roda de Mulheres
Conversas sobre o feminino
Reconhecer e resgatar forças
instintivas e selvagens
Confiar no próprio poder e
intuição
Amar, ter amor e dar amor
Criar para si
relacionamentos respeitosos
Viver o fluxo da vida
Ouvir a voz interior
Ver compreender e sentir
Encontros só para mulheres
Quarta-feira – 20:30 /22:30 h
(11) 9 7979-3132
Ana Bach – Psicoterapeuta – CRP 81.221/06 e Atriz DRT529/SC
Rua Agostinho Cantu, 167 -Butantã
segunda-feira, fevereiro 25, 2013
Novos grupos
de Meditação
Quartas-feiras:
14:30 às 16:00 horas
Sábados: 14:00
às 15:30 horas
Meditação é trazer a mente para
casa.
Mais
uma ferramenta de autoconhecimento.
É
chegar naturalmente a um estado de paz atenta, expansiva e vibrante.
Praticar em grupo uma respiração consciente.
Ao reconhecermos que o ritmo respiratório
atua em nossos estados emocionais, mentais e energéticos é possível lidar com
as dificuldades e facilidades do dia a dia, de modo mais harmonioso.
Voltar-se para o interior é vivenciar a si
mesmo com mais inteireza e responsabilidade.
Como?
Através de diversos exercícios simples de: respiração, visualização,
atenção, concentração e relaxamento.
Também práticas dinâmicas com som e movimento,
Praticar meditação andando e meditação
orientada.
Exercitar o silêncio e as pausas tornando o ato de meditar uma
descoberta prazerosa e confortável.
Para
Quê?
Permanecer no momento presente e nutrir a
vida com mais energia vital.
Desenvolver confiança, perceber as próprias
necessidades e gerar novos movimentos interiores e exteriores.
Facilitadora: Ana Bach
–
Psicoterapeuta CRP 81.221-06 e atriz DRT 529-SC
Quanto?
Valor R$60,00 por encontro
Para mais informações ligue: 11 9 7979-3132
segunda-feira, agosto 20, 2012
PRATICO AMAMENTAÇÃO PROLONGADA
Amamentar é um exercício amoroso de doação e
receptividade. Criar vínculos com o filho. È repertório dentro da relação mãe-filho
e não precisa encerrar após os 6 meses de amamentação exclusiva.
Todos
os dias nutrir com leite um bebê e uma criança em desenvolvimento por si só já
é um símbolo de força e contato com a natureza feminina. Amplia a capacidade de
estar presente. Aprende-se a usar tempo em quantidade e qualidade.Presenciar , participar,
testemunhar . Também engloba abraçar,
envolver, dar colo, acarinhar, cantar, embalar, acalmar, respirar profundamente,
criar um ritmo harmônico, de paz e tranqüilidade.
Uma
escuta mais sutil se faz presente, ouvir a própria voz, reconhecer os próprios
instintos.
E certa
coragem de assumir o peito aberto interagindo com uma criança. A sexualidade
alheia se agita e se perturba a olhar peitos fartos de leite e amor.Talvez por
querer um tempo a mais no peito da própria mãe!
Por
isso eu entendo quando algumas pessoas se ofendem, discordam e criticam. Mas
impedir meu peito de nutrir e servir é inaceitável!
Escolho
meus caminhos de maternagem e surpreende-me quando um ato tão simples, antigo e
primitivo como o de amamentar vira ativismo nos dias de hoje. Então sou
ativista e defendo, promovo e enalteço o amamentar como um ato de nutrição,
sensibilidade e amor tanto aos bebês como às crianças.
Apregoa-se aos quatro ventos que torna os
filhos dependentes, mas ao contrario promove confiança, amor genuíno e
autonomia. Respeita o tempo de cada criança, relativiza os espaços de troca e oferece
caminho de reconhecimento tanto para a mãe como para o filho.
Entregar-se
ao momento, viver sem pressa o passar da vida.Os primeiros anos são uma grande
oportunidade de estar perto, junto, apresentando o mundo, reconhecendo as próprias
sensações.
Reverenciar
o tempo da criança sem impor exigências descabidas. Reverenciar a sabedoria
inata ao invés de consultar os supostos especialistas, que estão em sua maioria
desconectados da sua verdade interior e entregues aos conceitos de vendas e produtos.
Amamentar é facilitar a expressividade natural
de uma criança. Que diverte e encanta com sua originalidade e ousadia.
Amamentar
é também ensinar a compartilhar e dividir. È conectar-se com o sagrado da vida,
com sua abundância natural e magistral e enriquecer seu filho com todos esses
nutrientes.
A
nós mulheres, cabe dar o peito e amamentar, dar a mão e caminhar, percebendo
que junto ao filho pode-se compartilhar amor que se multiplica.
sexta-feira, julho 27, 2012
RELATO DE PARTO DA JULIA
Este é o meu relato de parto que
aconteceu em 02 de dezembro de 2008. Foi sendo escrito aos poucos quando em 2010 ele ficou pronto.Hoje tenho a maturidade
e o desprendimento para compartilhar essa história no blog.
Disseram que Julia estava
pélvica. Pélvica é uma posição atualmente considerada pelos médicos como de
risco, mas eu sei que ela é apenas uma posição incomum e rara e por isso é
preciso alguém que saiba realizar esse tipo de parto. Mesmo assim fiz massagens,
exercícios e muitas orações para que ela virasse.
Quando Julia nasceu estava com 42
anos e meu GO disse que eu era muito velha para um parto normal, mas me sentia
saudável e em condições de parir.
Quantas vezes eu fugi da cesárea,
por saber das desculpas esfarrapadas dos "especialistas"? Muitas. Porque
esse era o meu desejo, porque eu já imaginava o que a cesárea fez com o meu
corpo e porque queria sentir a "dor do parto" como uma bênção.
O que pude sentir na dilatação é que dói, mas
uma dor suportável, bela e engrandecedora.
Busquei informações e fui me
preparando para um parto normal, que virou natural humanizado e transformou-se
num parto domiciliar. E apenas descobri minha gravidez já com 17 semanas, mas
isso é outra historia!
Minha bebê estava pélvica durante
toda a gestação e eu sempre acreditei que ela viraria, mas não virou. Mesmo
assim me informei e acreditei que era possível um parto domiciliar com ela
pélvica.
Entrei em trabalho de parto ainda
querendo que ela virasse, contrações leves, rompeu o tampão e das 10 da noite
ate às 06h30min eu dilatei 7 cm .
Foi quando Julia mudou de posição e ficou transversa. Minha parteira Vilma
disse: “Precisamos conversar” e eu ouvi: “O gato subiu no telhado”, mas ela
dizia: “ Sua barriga está alta, você dilatou, sua bolsa ainda não rompeu. Nessa
posição é arriscado ficar em casa, é o momento de ir para o hospital." Eu
ouvi, mas não entendi. Queria pedir para ficar, mas ela era a pessoa que eu
tinha escolhido para me dizer o que fazer. Então acreditei nela, obedeci. Meu
amado Lui, Marjorie doula e minha mãe fizeram uma mala às pressas e fui com o
coração apertado. Tremendo de medo por dentro.
Como o trânsito estava parado,
mas as contrações só aceleravam paramos uma ambulância do Corpo de Bombeiros e
pedimos para nos levarem até o Hospital Pedreira. Foi um momento que pude
relaxar com a conversa dos bombeiros, visto que um deles colocou luvas e disse
pra eu ficar tranqüila que se o bebê nascesse ali ele ajudaria. Pude rir por
dentro porque essa era a única certeza que eu tinha que Julia não ia nascer
assim e era justamente por isso que estávamos indo para o Hospital. As
contrações estavam mais seguidas e mais doloridas, então não conseguia ficar
deitada
Eu estava morrendo de medo, quis
fugir do hospital, mas minha querida doula Marjorie me salvou nessa hora
dizendo que minha filha iria nascer e tinha chegado a hora, aqui ou em outro
hospital. Sua presença foi fundamental naquele momento, pois minha vontade era
sair correndo dali e fugir enquanto aguardava o médico chamar.
Hospital público se espera e mais
contrações, Marjorie me massageando. Chamam meu número. Sem me olhar o doutor disse que teria de ser
removida, pois não havia vagas. Então veio o exame de toque, dilatação total 10 cm . Fiz cumprimentos mentalmente.
Só que o tom da conversa mudou. Chamou enfermeira: “Prepare o centro cirúrgico
já.” Eu chorava de medo, medo de ser cortada e de minha recuperação, de não
poder cuidar de minha filha de tanta dor, mas em momento algum senti que ela
corria perigo.
No centro cirúrgico eram duas
médicas, só fiquei sabendo na saída da maternidade. Elas nem se apresentaram. Tocou
um celular e eu falei: Aqui não é lugar de celular. A enfermeira veio me
acalmar. “Ouço alguém dizer: “Vou fazer
um exame de toque” E eu: “Não precisa, a dilatação é total, ela esta pélvica
(pois eu não tinha entendido que ela estava transversa) e vai ser cesárea.” A enfermeira
percebeu meu estado alterado e segurou na minha mão, olhou nos meus olhos e
disse que iria cuidar de mim e que estava tudo bem. Durante a cirurgia eu
conversava com a Julia e orava em tom baixo. Veio a enfermeira no meu ouvido e
disse: “A Dra pediu para parar, porque esta atrapalhando ela. ”Mas não quis
obedecer. Não parei porque sabia que ali era momento meu e de Julia e que poderíamos
contagiar a sala. Queria essa conexão, esse contato e esse clima para seu
nascimento, que foi 9:44 da manhã, sem choro. Esta foi sua primeira lição para
mim e me acalmei. A enfermeira veio cochichando dizer que ela tinha nascido
fazendo cocô e xixi em cima de todo mundo.Rimos cúmplices. Presenciei as
intervenções: colírio, aspiração e vitamina K injetável. Então Julia chorou.Ficava
conversando com ela e dizendo: "Eu estou aqui, sou Ana ,sua mãe e tudo
está bem, seja bem vinda, eu te amo".As enfermeiras foram verdadeiros
anjos, pois me olharam nos olhos e puderam cuidar dos meus medos.
Trouxeram Julia para o meu lado enquanto
ainda me costuravam, ela não chorava o que me acalmou muito. Julia me cuidou e
naquele momento nasceu a mãe em mim!
Depois fomos para sala de
recuperação e ficamos juntas. Deixaram meu amado companheiro Lui entrar. Eu
estava sedada, doída, mas nada disso importava porque tinha Julia nos meus
braços mamando.
Chorei quando já estava em casa só
depois de dois dias e pensei que era menos mulher por não ter podido parir. Mas
hoje sei que não tenho esse controle. É preciso como diz Ana Cris: “Ter
flexibilidade na alma para suportar como a vida nos apresenta as situações: que
não era a que desejávamos ou esperávamos, mas a que precisamos ter para
crescer, aprender e amadurecer na vida.”
Pra mim o único caso que
admitiria uma cesárea é se ela fosse necessária.
E percebi que nem assim foi fácil
de engolir. Antes, era como se todas as cesáreas fossem desnecessárias. E justo
a minha não foi... Precisei fazer as pazes e agradecer pela cesárea existir.
Fazer parte das maternas é apoiar a cesárea necessária, bem indicada,
consciente que este foi o melhor jeito de Julia chegar ao mundo.
Assinar:
Postagens (Atom)